segunda-feira, julho 09, 2007

Um pouco sobre “Virgínia Berlim”

Na tarde de ontem, finalmente tive tempo de ler o último livro do jornalista Luiz Biajoni, “Virgínia Berlim – uma experiência”. Quem sou eu para criticar ou dizer se o livro é bom ou não. Afinal, foi escrito por alguém que tem muito mais experiência do que eu na área jornalística e tem um conhecimento admirável sobre diversos assuntos, como livros, músicas, filmes e política. O que posso expressar, nos próximos parágrafos, é apenas o que penso sobre essa surpreendente obra.

Correr os olhos linha por linha, parágrafo por parágrafo e imaginar cada cena é alucinante. Em “Virgínia Berlim” não há ilustrações o que é fantástico, pois um dos prazeres fundamentais de uma leitura de um livro está na possibilidade do leitor imaginar cada personagem e cada cena do modo como quer, sem ficar acorrentado a ilustrações. É frustrante para o leitor quando vira a página de um livro que revela uma ilustração totalmente diferente a que havia imaginado.

Assim, a nova obra literária de Biajoni segue com pensamentos rápidos, frases curtas e sem diálogos, evitando a distração do leitor. Diria que é muito diferente do que estou acostumado a ler, pois utiliza uma escrita moderna que provavelmente tenha sofrido alguma influência da era Digital. Por isso, torna-se um conteúdo literalmente independente, já que Biajoni registra, a todo instante, um modelo de escrita que foge dos padrões robóticos de muitos autores.

Resumidamente, a obra conta a história de uma relação que surgiu entre dois colegas de trabalho, quebrando a rotina de ambos por algumas semanas. Traição, paixão, amor ou dúvida perpetuam todo o enredo.

Durante essa paixão, esse amor ou talvez essa aventura, Biajoni ainda adiciona à trama um mistério: uma morte sem explicação. As autoridades investigam dois suspeitos ou, então, tentam avaliar a possibilidade de um suicídio, o por quê? Pode até ser que a resposta esteja numa receita de um bolo. Você já pensou nisso? Aposte que Biajoni sim.

Paracido com um disco de Vinil, o CD da trilha sonora da obra, que completa o charme de “Virgínia Berlim – uma experiência”, também segue com o livro. A conexão com a trilha e o livro só é comparável a longas de diretores como Cameron Crowe, que dirigiu o premiado “Quase Famosos”. Não bastasse a relação surpreendente entre a obra e a trilha sonora, Biajoni teve a feliz escolha ao selecionar uma mídia que lembrasse os memoráveis e inesquecíveis discos de vinis, que realçam o exemplo cultural dos personagens.

Após a leitura de “Virgínia Berlim”, quando se permite o “play” da trilha sonora, uma viagem às lembranças de cada parágrafo do livro torna-se inevitável. Canções como a do talentoso Lou Reed, considerado por muitos o pai das músicas alternativas, transformam o livro numa obra não apenas para ficar na reflexão do leitor por horas, dias ou semanas, mas também como um objeto essencial para ser lembrado, a qualquer momento, num toca-CD ou até mesmo num MP3 player.

Caso tenha interesse em ler o livro, ele está disponível para compra no site Os Vira Lata. Ou corra para a noite de autógrafos em São Paulo e no Rio de Janeiro:
14/07 - Rio de Janeiro/RJ - no Amarelinho, localizado na Praça Floriano, 55-B -Cinelândia - Telefone: [21] 2240-8434
21/07 - São Paulo/SP - no Bar Canto Madalena, localizado na Rua Medeiros de Albuquerque, 471 - Vila Madalena - Telefone: [11] 3813-6814
Eu recomendo!

2 comentários:

Claudio Costa disse...

não li, ainda, mas vou comprar! Tenho seguido as postagens do Bia acerca de Virgínia Berlim e já me sinto "no clima". Com seu post, Paulo, mais motivação, ainda.

Moniky Cruz disse...

preciso ler este livro com certeza, ainda mais que minha vida agora deu uma folguinha!!!
Belas palavras em Paulo...
Até