segunda-feira, maio 25, 2009

Família Meneghini: a exposição infantil

Enquanto Silvio Santos foi longe demais com a história da menina Maísa, o “Fantástico” infelizmente segue a mesma direção. Para ensinar hábitos corretos, o programa da TV Globo tem usado de uma espécie de reality show, selecionando famílias que queiram expor sua rotina ao Brasil no quadro "Mudança Geral". E, na atual edição, é a vez dos Meneghinis.

A visibilidade da família Meneghuini não seria tão preocupante se não tivesse dois pré-adolescentes, como definiu a própria garota e protagonista do quadro, Malu, de 13 anos, na última edição do programa. Ela e seu irmão, Matheus, de 10, são expostos aos votos populares e ao ridículo. No último domingo, por exemplo, estabeleceu-se que os dois cuidariam da cozinha durante esta semana, com acompanhamento de uma nutricionista, enquanto a mãe descansaria.

Mas o que isso tem demais? Simples: são duas crianças (ou pré-adolescentes) que estão se privando do estudo e das brincadeiras para uma exposição em massa, como se fosse numa arena de gladiadores. Lastimável.

A “síndrome de Maísa” daria uma discussão imensa, mas espero que órgãos defensores dos Direitos da Criança e do Adolescente acompanhem de perto casos como esse para que não se torne rotineiros em nossa sociedade.

terça-feira, maio 19, 2009

Por que proibir venda de coxinhas?


O governador José Serra vetou nessa segunda-feira, dia 18/5, o projeto de lei que pretendia proibir as cantinas escolares das escolas paulistas de vender coxinhas e demais salgados fritos, bolachas recheadas, refrigerantes, pirulitos e balas, entre outras guloseimas. Fez bem o governador.

Não sou contra a geração “alimentação saudável”. Pelo contrário, acredito que a consumação benéfica de alimentos deve estar aliada à prática de exercícios físicos. No entanto, criar uma lei que proibi a venda de certos petiscos não seria o melhor caminho para levar uma vida saudável.

Sabe por quê? Não é apenas nas escolas que os alunos saciam a vontade de comer uma coxinha ou tomar um refrigerante, por exemplo. Isso eles fazem, sem culpa, longe das salas de aula, como em shopping center, em bares ou em lanchonetes.

É necessário aplicar e trabalhar a conscientização do consumo de alimentos saudáveis nas escolas e em casa. Proibir a venda não vai, de fato, solucionar este problema, pois existem outros meios lícitos para que os jovens possam consumir tais alimentos. Este assunto, assim como a cidadania e a prática esportiva, deve ser tratado de forma educacional e não repreensiva.

A prática saudável deve ser discutida desde cedo, no âmbito familiar e escolar.