terça-feira, julho 10, 2007

Ainda não tive mil scraps

Ao navegar pelo mundo “cibercomunitário” do Orkut, comecei a atentar-me ao fato de muitos dos meus relacionados (amigos e desconhecidos), que estão inclusos na minha rede virtual, já tiveram mais de mil scraps ou, agora em português, recados. Em quase três anos que utilizo o Orkut, nunca cheguei a esse fabuloso número, registrando apenas aproximadamente 700 recados – mas estou quase lá -, podendo contar no dedo as poucas vezes que foram necessárias apagar algum recado maldoso, como por exemplo, “se você está fora do peso, entre neste link...” – que coisa feia de alertar um amigo sobre o seu peso mal distribuído, não!?

Mas, se faz aproximadamente 1100 dias que utilizo o Orkut, então, significa que recebi, em média, 1,5 recados por dia durante os últimos três anos. Ou seja, provavelmente ainda precisarei esperar mais de 200 dias ou seis meses para festejar essa fabulosa expressão.

Penso, então, por que demorou tanto para esse número aparecer na página inicial do meu perfil? Creio que a resposta esteja nas poucas vezes que fiz do Orkut o meu principal meio de comunicação. Não utilizo essa ferramenta para deixar recados que não devem ser lidos e observados por curiosos. Para isso, existem outros softwares e ferramentas mais adequados, como o MSN, o e-mail ou a própria “Mensagens” do Orkut.

No entanto, a maneira como os brasileiros adaptaram-se ao site modificou radicalmente o modo correto de utilizá-lo. Hoje, o feitiço realmente virou contra o feiticeiro, pois muitos usuários, com receio de curiosos, entraram na mania de apagar os recados após serem lidos, principalmente depois que passaram a utilizar o Orkut como um comunicador instantâneo. Se ele fosse um, não precisaria do Google Talk como mais uma ferramenta do site.

Se o Orkut é uma comunidade de amigos, por que não compartilhar seus recados? Caso queira privacidade, mande uma mensagem utilizando uma outra opção que o Orkut também oferece e que é de fácil acesso, como por exemplo, a ferramenta “Mensagens”, já mencionada no parágrafo anterior.

Portanto, não sou de mandar muitos recados pelo Orkut. Quando quero falar algo mais pessoal para um único e exclusivo destinatário, prefiro usar o e-mail ou recorrer ao Messenger, que são ferramentas mais do que eficientes para a comunicação on-line.

Para uma grande parte dos “internautas”, o Orkut tem servido para reencontrar velhos conhecidos. Assim, não dependo de scraps para construir uma relação de amizade com os meus relacionados. Tenho apenas singelos 700 recados e, com certeza, quando chegar a mil, será uma vitória. Depois, só resta desejar que o Orkut sobreviva mais três anos e meio, pelo menos, para festejar os próximos mil que ainda virão.

Orkut: use, mas não abuse!