quarta-feira, dezembro 31, 2008

Benefícios excessivos

Por acaso, alguma vez você já recebeu 147% de aumento salarial? Não. E altos benefícios para comprar vestuários? Não. E nem sequer uma ajuda de custo para contratar auxiliares ou assessores que possam contribuir satisfatoriamente com os seus serviços prestados como empregado?

Hoje o “Estado de S. Paulo” trouxe uma matéria falando sobre os benefícios e os salários dos vereadores no País. Torna-se uma ironia pensar em tais vantagens num território onde ainda existem pessoas escravizadas que são obrigadas a trabalhar a troco de apenas uma refeição diária.

Espero que no próximo ano a imprensa possa criar novas reflexões sobre o assunto, debatendo tais gastos desnecessários e exorbitantes que são constantemente praticados pela maioria de nossos governantes.

Feliz 2009, para todos!

sábado, dezembro 27, 2008

Tina Turner – Quebrando todas as regras

Depois de quase três meses, volto a escrever no blog e com uma resenha de como foi o show da última turnê de Tina Turner:

Tina Turner – Quebrando todas as regras

Quando ela encerrou a sua turnê no Brasil, em 1988, após uma séria de 200 concertos ao redor do mundo, Tina Turner - também conhecida como a leoa do rock’n’roll -, completaria 50 anos e falava em aposentadoria dos palcos, mas não dos estúdios. À época, ela promovia a turnê “Break Every Rule” (em português, algo como “Quebre Todas as Regras”), também título de seu álbum lançado em 1987.

Durante os últimos 20 anos, a diva do rock desistiu da aposentadoria e excursionou pelo mundo por mais quatro vezes. E, em outubro deste ano, oito anos depois de sua última turnê, voltou aos palcos para comemorar 50 anos de carreira. E, aos 69 anos e com idade suficiente para ser mãe de Madonna, Tina Turner provou que continua a quebrar todas as regras.

No último dia 13/11, em Toronto, no Canadá, assisti a mais nova turnê da cantora: Tina Live in Concert. No Air Canada Centre, para um público de aproximadamente 20 mil pessoas, Tina cantou como se fosse o último show de sua carreira. Faziam parte do script os seus principais sucessos e uma performance energética que certamente faria muitas garotinhas desistirem da profissão de cantora.

Mantendo a tradição dos grandes e velhos concertos de rock, tudo estava lá: a voz rouca e potente, os vestidos curtos e as pernas mais sexies do rock’n’roll, sem contar a pirotecnia e os efeitos visuais de última geração.

Foi ao som das primeiras notas de Steamy Windows que a cortina vermelha de seda deixou o local para que, então, Tina Turner surgisse numa plataforma posicionada a pelo menos 10 metros de altura. Relembrando do rock’n’roll que habitualmente cantava nos anos 80, ela interpretou os megasucessos Typical Male e What Get is What You See.


"Steamy Windows"


"Typical Male"


"What You Get What You See"

Destaque para "What’s Love Got To Do With It" e "Private Dancer", quando a cantora deixa de lado a roupa preta e justa, para surgir com um vestidinho vermelho e curto, exibindo propositalmente suas belas pernas bem torneadas que não remetem nenhum pouco a uma sensação gelatinosa ou a uma casca de laranja. Sim, elas ainda estavam lá e melhores do que nunca.


"What's Love Got To Do With It"



"Private Dancer"

Em um outro momento, ninjas surgem no palco e provocam uma luta, muito bem coreografada por sinal. Por instantes, você acredita que aquilo é real. Enquanto isso, uma megaestrutura metálica desce ao palco e as primeiras notas da flauta já anunciam: é a hora do “Mad Max”.

Todo palco transforma-se na famosa cúpula do trovão e Tina Turner surge com uma piruca amarela um pouco estranha, e assusta quem não se recorda. É que o apetrecho foi usado propositalmente, pois remete a sua personagem Aunty Entity no filme estrelado por Mel Gibson e ela na década de 80. A cena dá direito a Tina usar uma roupa idêntica a do filme.



"We don't need Another Hero"

Com um vestido um pouco mais comportado, a cantora aparece sentada ao lado de seus músicos. E uma versão diferente e acústica de “Help”, dos Beatles, traz uma balada emocionante e destaca a sua voz potente. Depois, vieram ainda os sucessos “Undercover Agent for the Blues “, “Let’s say together” e “I can’t stand the rain”.



"Help"




"Let's stay together"

Após as apresentações acústicas, os músicos se levantam, os banquinhos deixam o palco e, enfurecida, Tina Turner interpreta duas canções dos Rolling Stones –“Jumpin' Jack Flash” e “It's Only Rock and Roll”-, e mostra que, aos 69 anos, ainda possui muita energia para gastar.


"Jumpin' Jack Flash" e "It's Only Rock and Roll" - Versão 1



"Jumpin' Jack Flash" e "It's Only Rock and Roll" - Versão 2

Um dos pontos altos do show foi quando, novamente de vestido curto e de pernas de fora, Tina Turner interpreta “The Best” e “Proud Mary”, acompanhando os passos agitados de suas quatro bailarinas, provavelmente 40 anos mais jovens do que ela. Porém, um pouco antes, ela expôs todo o potencial de sua voz ao cantar “GoldenEye”, do filme do agente secreto 007.


"The Best"



"Proud Mary"



"GoldenEye"

Na última troca de roupa, cantora aparece cheia de energia, interpretando por quase seis minutos a canção “Nutbush”. Neste momento, a estrutura do palco dá lugar a uma passarela que sobrevoa toda a platéia num ângulo de quase 180º. Nessa plataforma, Tina Turner impulsiona o público para cantar em coro e ainda samba pela estreita passarela, sem medo de cair em cima da multidão. É nesta é hora que Tina se entrega para o seu público.


"Nutbush" - 1



"Nutbush" - 2

As guitarras e as luzes de alta potência diminuem o ritmo e seus efeitos. Uma típica balada da década de 90 anuncia o fim do show. Tina canta “Be Tender With Me Baby” e deixa o palco após duas horas sob os aplausos das 20 mil pessoas que esgotaram os ingressos no Air Canada Centre. Os créditos aparecem no telão e ostenta que o show chegou ao fim.


"Be Tender With Me Baby" - Versão 1




"Be Tender With Me Baby" - Versão 2

Em seu concerto de duas horas, Tina Turner provou ser uma lenda do rock e que continua “Simply The Best”, agendando mais de 80 shows em todo o mundo para esta turnê, certamente a última de sua carreira. É uma pena que os brasileiros não irão conferir, por enquanto, este espetáculo.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Sensacionalismo no combate entre policiais

Na tarde de ontem, um confronto entre as Polícias Militar e Civil ocorrido na frente do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, serviu de principal pauta para a imprensa televisiva. Porém, é lamentável que algumas emissoras utilizem de um momento delicado – em que policiais enfrentavam-se quando deveriam combater o crime – para fortalecer o sensacionalismo nos meios de comunicação.

Por volta das 19h, a TV Record repetia incisivamente as imagens do instante mais crítico do confronto, que ocorreu próximo das 16h. É deplorável como a emissora paulista conduziu sua cobertura jornalística sobre esse fato triste.

Já era noite quando o jornalista ainda narrava os fatos como se o embate ocorresse naquele instante. Temos ciência de que a imprensa tem um papel fundamental no condicionamento da opinião pública. Desse modo, a maneira como a circunstância foi exposta naquele horário é suficiente para alarmar uma sociedade de algo que já era praticamente inexistente.

A cobertura jornalística da TV Record, por volta das 19h, esteve muito longe de noticiar o ocorrido há aproximadamente três horas antes. Não bastou à emissora apenas contar o fato e informar o acontecido. Ela usou dos recursos das imagens gravadas para reproduzir e explorar de forma lamentável um fato inaceitável e impensável.

terça-feira, setembro 30, 2008

Tina Turner vem aí!

Não, ela não vem ao Brasil. Mas, amanhã, dia 1º, ela inicia sua primeira turnê em oito anos e provavelmente a última da extensa carreira de aproximadamente cinco décadas. Intitulada pela mídia como rainha do rock, Tina fará no próximo mês 69 anos provando estar na melhor forma, mantendo sua voz e suas pernas vivas nos dias de hoje.

Quando fiquei sabendo que ela voltaria aos palcos para uma última vez. Pensei: preciso vê-la. Quando ela esteve no Brasil, em 1988, registrou o maior público num único show de uma cantora solo na história da música. Recorde esse que ainda não foi batido e provavelmente nem será. Afinal, poucos estádios chegam a suportar 190 mil pessoas na audiência. Nem Maracanã tolera mais.

Os shows de Tina seguem toda a tradição de um velho concerto de rock. Pernas à mostra – e que pernas, diga-se de passagem -, cabelos altos e longos, voz poderosa e energia ímpar. Em sua última turnê, quando tinha um pouco mais de 60 anos, Tina Turner mostrou uma energia de duas horas de apresentação em mais de 80 cidades ao redor do Globo, sendo a turnê de maior lucro na história da música até aquele ano. Não é para menos que Tina vendeu, segundo o GuinessBook, mais ingressos para os seus shows que qualquer outra cantora solo.

Depois de tanto recordes e tantas energias, é impossível recusar um convite: o privilégio de assistir a rainha do rock em um dos 80 shows que ela fará ems estádios ao redor do mundo neste ano e no próximo ano. Detalhe: ingressos para 2009, na Europa, a maioria já está esgotada. Então, no dia 13 de novembro, em Toronto, estarei assistindo a essa megaprodução. Luzes, efeitos e palcos de altíssima tecnologia. E Tina, simplesmente a melhor, cantando os seus mais diversos hits.

Assim, enquanto não é hora do show, terei de ouvir os depoimentos de minha vizinha. Afinal, ela também irá assistir uma de suas apresentações em Chicago, nos Estados Unidos, nessa sexta-feira. Eu só na ansiedade.

Foto: divulgação do novo álbum que chega às lojas hoje. Abaixo, dois vídeos extraídos de seus shows:




sexta-feira, setembro 26, 2008

Só para refletir

Lei, há uma proibição para a veiculação de propaganda de tabaco nos meios de comunicação. A não presença delas na mídia é questão de saúde pública. Porém, do que adianta talvez tal vetação se continuam a fabricar carros com cinzeiros? Isso n”ao seria um incentivo ao fumo também?

segunda-feira, setembro 15, 2008

Vale mais que mil palavras

Provavelmente serei crucificado neste “post” em admitir que no passado – e isso não faz tanto tempo assim –, fui contra a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para atuar na profissão. Pode parecer inconcebível, mas é a mais pura verdade.

Porém, tal conceito ultrapassado deve-se um pouco a minha imaturidade, que não permitia uma reflexão profunda sobre o tema, que, para mim, estava praticamente resolvido. Mas, então, com novas leituras e novas discussões sobre essa concepção, mudei radicalmente meu parecer.

O jornalismo precisa sim de uma discussão profunda em sala de aula. O futuro da imprensa não pode ser sinônimo de comércio (eletrônico ou não), em que se vendem produtos pensando no bem próprio do vendedor ou do patrão. Acabou a era em que os bambambãs da redação tinham tempo e “paciência” para ensinar os jovens a fazer jornalismo e a pensar jornalismo.

Há um código de ética a ser cumprido e a ser conhecido. Há uma teoria a ser estudada. Enfim, existem autores, professores e alunos que devem debater e criar uma discussão e um olhar crítico sobre a profissão, que abrange as mais diversas áreas do interesse público. A era em que JORNALista apenas escrevia para jornal acabou.

A realidade está aí, a tecnologia também e as informações seguem freneticamente rápidas e cada vez menos lineares. Todo o cuidado é pouco. Os blogs, o jornalismo comunitário, apesar de grandes meios de comunicação e de interação, devem estar abertos ao público até que ponto?

Como quarto poder, a imprensa não pode ser banida pela sociedade, que a elegeu como um órgão fiscalizador durante um processo natural de democratização da informação. A imprensa deve estar presente. O jornalista necessita de responsabilidade, de ética e de conhecimento. Conhecimento esse que deve ser adquirido e debatido a partir das salas de aula até uma jornada sem fim. E certamente o pensamento de que antes do JORNALista existe o JORNALISMO deve prevalecer.

terça-feira, setembro 02, 2008

De camarote

Mais uma vez o Brasil assiste de camarote a falta de infra-estrutura para concertos internacionais. Ontem, à 0h, começou a venda de ingressos para o show de Madonna no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, marcado para o dia 14 de dezembro. Logo nos primeiros segundos, quem tentou efetuar a compra de convites via Internet se irritou com as mensagens de erros, resposta lenta do servidor e até débitos adicionais no cartão de crédito. Existem ainda relatos de pessoas que permaneceram mais de oito horas on-line para garantir entradas.

Se não bastasse toda a confusão virtual, na fila da bilheteria no Maracanã, que iniciou as vendas às 11h de ontem, uma multidão de pessoas assistiam aos cambistas, que, com tranqüilidade, agiam sem restrições. Muitos dos ingressos vendidos por eles eram falsos, mas bastantes verdadeiros. Com eles, era possível conseguir entradas por até R$ 1500 para a pista Vip. Tal entrada custa, na bilheteria, R$ 600.

Porém, para quem preferiu realizar a compra por Internet, por telefone ou pelos pontos de vendas arcou com uma despesa extra de 20% a mais em cima do valor do ingresso. Segundo os organizadores, tal valor refere-se à taxa de conveniência que o cidadão paga pela estrutura diferenciada. Mas especialistas argumentam que ela é ilegal e quem se sentir lesado pode procurar a empresa ou os órgãos competentes.

A taxa de conveniência é mais absurda ainda se analisada junto com a argumentação da organizadora. As pessoas estão pagando por serviço diferenciado ou precário?

Os próprios os promotores deixaram transparecer a falta de estrutura para um show internacional de grande demanda. Se os servidores falharam abrindo a venda para apenas um dos shows. Imagine se a empresa permitisse a abertura para todas as datas? Seria um caos e provavelmente pensaram nisso e esse foi o motivo de datas diferencias para a abertura da venda para o Rio e para São Paulo.

Na América do Norte ou na Europa, shows grandes como os de Madonna acontecem em arenas espalhadas pelos países desenvolvidos. Os sites internacionais estabelecem a venda via Internet e sem restrições, sem cadastros prévios ou coisas desse tipo.

Em sites como Ticketmaster.com, a taxa de conveniência dificilmente ultrapassa R$ 10 e ainda o usuário tem a preferência em escolher imprimir o convite em casa, recebê-lo pelo correio ou até retirá-lo na bilheteria momentos antes do show. Vale lembrar que o site Ticketmaster.com já chegou até registrar mais 50 mil pessoas comprando em menos de dois minutos por uma noite de abertura.

O Brasil ainda tem muito que aprender sobre venda de entradas para eventos culturais ou esportivos. O que me preocupa nessa falta de tecnologia e de fiscalização é se teremos algo relativamente suportável para a Copa de 2014 ou se assistiremos tudo novamente de camarote; falhas tecnológicas e ações de cambistas em pleno Maracanã.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Depois da bebida alcoólica é a vez dos remédios

Após muitas discussões sobre a punição para quem mistura álcool e direção, o governo ainda estuda outro projeto: a “lei seca” dos medicamentos. A proposta é do ministro Márcio Fortes e já foi enviada ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), às Câmaras Técnicas e ao Comitê de Saúde e Segurança no Trânsito.

A nova proposta deverá criar outra grande discussão em relação à direção. Debate esse que, no meu ponto de vista, já deveria ter sido superado pela maioria que ainda insiste nos argumentos. Afinal, já informado que, após a criação da lei seca, o número de acidentes nas estradas federais caiu satisfatoriamente. De acordo com a Polícia Rodoviária, no período de 20 de junho a 19 de agosto, a porcentagem foi 13,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

O novo projeto precisa ser estudado e analisado como um fator de segurança. Se realmente existe uma comprovação de que o uso de drogas pode interferir no ato de dirigir, então a medida é mais do que necessária e chega com severo atraso. Afinal de contas, quantas pessoas e famílias sofreram as conseqüências negativas por causa dessa somatória?

Além de ingestões químicas, o governo também deveria estar de olho nas fiscalizações. Do mesmo modo em que existe um risco de resultado negativo na mesclagem entre direção e drogas, há também em relação à manutenção dos veículos que circulam pelas estradas e cidades de nosso País. A lei sobre ela já existe, mas infelizmente é pouco supervisionada. O motorista pode estar sóbrio, mas se o veículo oferece riscos, do que adianta a lei seca?

sexta-feira, agosto 29, 2008

Antes do Esporte, Educação

Na tarde de ontem, vândalos que, segundo a polícia, são integrantes da torcida organizada invadiram e destruíram parcialmente a sede do clube Atlético, em Belo Horizonte. Fatos parecidos, em que cidadãos invadem e exterminam edificações públicas e particulares, estão cada vez mais comuns.

Esses certamente são reflexos de um País em que se acostumou com o clichê: fiscalização e punição não existem. Por um lado, o governo é cobrado pela falta de investimento no Esporte, quando, na verdade, o investimento deve acontecer de forma heterogênica. É necessário pensar em todas as áreas: educação, lazer, saúde, segurança e esporte.

Tais atos só reforçam a idéia de que o governo não deve agir isoladamente. A máquina necessita de todas as peças funcionando corretamente, assim como sua manutenção é imprescindível. Caso contrário é inevitável que o desgaste ocorra.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Nada de novo? Ou, nada, denovo?

Na noite do último domingo, o programa “Fantástico”, da TV Globo, finalizou o seu conteúdo com uma entrevista com os cantores Roberto Carlos e Caetano Veloso. E aí? Aí que a apresentadora do semanário e jornalista, Patrícia Poeta, não conseguiu desenvolver perguntas inteligentes e transformou a entrevista num cardápio completo de hiperglicemia. “Doce e melada”, a conversa não rendeu conteúdo e poderia nem ter ido ao ar.

A entrevista foi realizada no Rio, durante os bastidores do show em homenagem ao compositor e cantor brasileiro Tom Jobim. Então, é de se imaginar que o assunto deveria estar voltado às apresentações. Porém, pouco foi falado sobre elas. Enquanto Roberto Carlos e Caetano trocavam piegas, Patrícia não abusou e não demonstrou esforços em prosperar o bate-papo.

Repetindo a fórmula, Patrícia não resistiu e pediu: canta. Sinceramente, foi a melhor opção exibir a “reportagem” no último instante do programa. Graças a ela, a dose de sonífero fez muita gente roncar.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

A culpa não é do governo

Após suspeitas de mortes por febre amarela, a população que mora nas áreas de risco passou a lotar postos de saúde atrás da vacina, que é válida por dez anos. Assim, surgiu mais um problema: a falta dela. Dessa maneira, quem não conseguiu a dose passou a reclamar sobre escassez do medicamento, colocando a culpa no governo.

Porém, essas mesmas pessoas se esquecem que a vacina sempre esteve disponível a qualquer cidadão. Só não tomou quem não quis. Pelo menos aqui em Limeira, sempre soube que deveria me vacinar quando fosse viajar para essas regiões. Inclusive, a imunização da febre amarela pode ser adquirida em qualquer posto de saúde daqui.

No caso da falta de medicamento, a todo o momento, o governo disponibilizou as vacinas na quantidade média que a população local utiliza. Se poucos costumam tomar, por que enviar mais vacinas do que o necessário? E não adianta vir com a conversa de que o acesso à informação é precário (claro que não estou generalizando). Logo que surgiram suspeitas sobre a doença em seres humanos, milhares de pessoas já estavam procurando a vacina no dia posterior. Então, a informação chega sim e rápida.

O governo está tentando fazer a sua parte, encaminhando as vacinas para os locais de riscos. Mas tanto a população como o governo foi pego de surpresa. Os moradores da região, sabendo da doença, já deveriam estar imunes e tomar uma nova dose a cada dez anos. Então, não se pode julgar o governo, pois a população também não fez sua parte.

Por outro lado, a carência da vacina tem se fortalecido com a ajuda de pessoas que andam tomando a dose em dobro. E, numa hora dessas, em que todos estão em busca do medicamento, acaba atrapalhando mais ainda e contribuindo para o caos. Portanto, não podemos reclamar do governo sobre esse aspecto. Não é de hoje que a vacinação vem sendo trabalhada. Ela já ocorria nos governos passados. Assim, já houve tempo suficiente para que os moradores das regiões em área de risco estivessem imunes.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Apareceu do nada.

Fiquei feliz em saber que os quadros de Portinari e de Picasso roubados no mês passado do Masp reapareceram. Como a polícia chegou até eles ainda não sabemos, mas que surgiram do nada isso ninguém pode negar.

Você explica?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Mas onde estavam os responsáveis?


Com apenas 3 anos, uma menina perdeu parte de um dedo da mão esquerda depois de ser mordida por um macaco. O acidente aconteceu no último dia 22, em Mata de São João, no litoral baiano, mas só agora a notícia veio à tona. O animal encontrava-se em uma jaula improvisada e fazia parte de um circo que estava na cidade.

De um lado, o pai da criança defende que não havia segurança no local e que sua filha costumava a freqüentar o circo para brincar com outras crianças. “O macaco estava numa jaula improvisada”, afirmou.

Já o responsável pelo circo disse a uma TV local que no dia do acidente saiu com os outros funcionários para fazer uma caminhada. Quando retornou, ouviu os gritos da menina e logo foi socorrê-la. Ainda de acordo com o proprietário, a menina teria tentado dar caju ao animal.

A polícia agora apura todas as informações para verificar a responsabilidade. Acredito que ambos tenham culpa neste caso. Se o pai sabia que o local não era seguro, por que então deixava a filha freqüentar o circo para brincar? Já que sabia da situação, não deveria ter feito uma denúncia para que fosse apurada pelas autoridades?

Mesmo tendo total segurança ou nenhuma, é preciso verificar se o circo tinha autorização do Ibama para manter o macaco em cativeiro para apresentações circenses. E parece que isso já está sendo verificado. Estando ou não autorizado, certamente o responsável pelo circo deveria manter o recinto isolado de pessoas não-autorizadas.

Na minha infância, meu pai sempre procurou saber com quem brincava e onde brincava. Afinal, precisamos tomar atitudes responsáveis com os nossos filhos. Porque crianças são crianças e pais são pais.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Disque-denúcias: o chamado que vale a pena!

O chamado que valeu a pena. Assim pelo menos podemos concluir no caso de uma bancária de 23 anos que, na noite de sábado, por volta das 20h30, foi rendida enquanto descarregava compras em frente a sua casa. Utilizando o veículo da jovem, os criminosos a levaram até o cativeiro em Embu, na Grande São Paulo.

No entanto, um telefonema anônimo levou a polícia até o local onde a moça estava. Um suspeito próximo ao cativeiro foi detido e o outro ainda está sendo procurado pela polícia. No total, para sorte dela, felizmente foi um dia de agonia.

Casos como esse, em que anônimos participam alertando às autoridades sobre qualquer suspeita, já é comum em alguns Países da Europa e até nos Estados Unidos. Assim, a polícia local recebe a ajuda da própria população para combater ativamente as atividades criminais.

No Brasil, parece que esse tipo de comportamento ainda assusta a população, que vive desconfiada do próprio processo de violência por qual o País atravessa. Então, o que encontramos é uma crença na impunidade e na falta de segurança.

Porém, programas, como o disque-denúncias, têm dado resultado. Mas ainda o governo necessita tranqüilizar a população de que tais denúncias não trarão problemas futuramente, como uma suposta vingança do criminoso. Portanto, mudar a confiança do brasileiro é um ponto de partida. Mas incentivar o uso desses programas é o instrumento chave para no combate da criminalidade: das mais leves às mais organizadas.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Elsa e Fred: o verdeiro amor na terceira idade

Se você está parado e não tem nada para fazer, corra e vá à locadora mais próxima e alugue agora mesmo “Fred e Elsa: um amor de paixão”. Esse é um dos poucos longas que leva a sério o que denominamos como comédia romântica. Numa co-produção Espanha/Argentina, o filme trata do amor aos 80 anos de idade e ainda com divertidíssimo enredo.

Sustentada pelo filho, Elsa (China Zorrilla) possui um espírito de uma garota de aproximadamente 20 anos. A princípio, mostra-se caloteira, esperta e divertida. Porém, essa imagem passa a mudar quando conhece o seu mais novo vizinho, Fred (Manuel Alexandre). Numa de suas atrapalhadas, Elsa tem o primeiro contato com ele e se apaixona por esse senhor, simpático e tímido. A partir de então, com sua insistência, surge uma breve amizade que, aos poucos, revela um amor verdadeiro. Sabendo que não lhes restam muito tempo de vida pela frente, juntos decidem viver a doce vida como ela é.

Dirigido por Marcos Carnevale, “Fred e Elsa” transmite o amor de forma intensa, mostrando o verdadeiro segredo da vida aos 80 anos. O longa, que traz diversas homenagens explícitas ao diretor italiano Federico Fellini, persiste no seu sucesso com ajuda das atuações brilhantes de China e de Alexandre.

A cada cena, delicadamente o casal conquista o espectador que, ansioso e com lágrimas nos olhos, consegue ainda esbanjar sorrisos nos lábios das cenas hilárias que perpetuam todo o enredo. Diria que são poucos os filmes que retratam literalmente uma comédia romântica. Esse é daqueles que as emoções nos permitem rir para chorar no final.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

De repente, um limeirense

Eis que, quando abro o site da Globo.com, estão os novos participantes da 8ª edição do Big Brother Brasil, estampados como “capa” do portal de notícias do G1. Nessa altura, centenas de outros sites brasileiros divulgam as fotos dos 14 concorrentes, que disputarão o prêmio de R$ 1 milhão de reais. Mas qual a novidade? Para algumas pessoas nenhuma.

No entanto, para os moradores aqui de Limeira há uma: um dos 14 é limeirense. Então, já dá para imaginar, não é mesmo? Sinceramente, odeio profundamente este programa e não sei como ainda mantém ótimos índices de audiência. Então, nos próximos meses que o maior reality show do País estiver no ar, terei de ouvir os cidadãos dessa pacata cidade falando apenas do BBB8.

Não se assuste. Vilarejo do interior é assim. E ainda muitos vão ficar felizes quando ouvir o jornalista, ou melhor, apresentador Pedro Bial falando que Limeira é a terra das laranjas (ou pelo menos era). Depois, ainda verei, nos jornais, esse tal Alexandre, de 25 anos, sendo homenageado pelos vereadores e ganhando um título de cidadão limeirense. Infelizmente terei de assistir de camarote. Fazer o quê? Porém, acredito que renderá boas gargalhadas e muitas “críticas”.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Pois é, começou mais um ano

Pelo menos o início de 2008 nas estradas não foi tão pavoroso quanto o fim de 2007. Parece que começamos bem o ano. Mas, por outro lado, os motoristas enfrentaram, como em todos os anos anteriores, várias horas a mais para chegar ao litoral paulista. E para sair? Nem pergunte.

O número pequeno de acidentes nas rodovias já era previsível. Digo isso, pois a maioria dos acidentes, segundo a Polícia Rodoviária, acontece por imprudência dos motoristas. Assim, com o trafego intenso de veículos, fica praticamente impossível provocar um acidente a 20 Km/h. Alguém consegue? Sim, apenas àqueles motoristas imprudentes mais experientes e que estão acostumados a desrespeitar as leis vigentes no Brasil.

De qualquer forma, como disse no post posterior ao Natal, campanhas de segurança no trânsito devem ser feitas sempre, principalmente em época de festas e de feriados prolongados. Assim, observamos que os cursinhos obrigatórios para tirar ou renovar a habilitação parece não surgir o efeito desejado. Estamos diante de um número que não diminui e, às vezes, aumenta: o de acidentes.

Está mais do que na hora de agir. O governo precisa cravar uma batalha contra os motoristas insensatos. É necessário investir mais em outros meios de transportes e também nas rodovias do País.