Porém, essas mesmas pessoas se esquecem que a vacina sempre esteve disponível a qualquer cidadão. Só não tomou quem não quis. Pelo menos aqui em Limeira, sempre soube que deveria me vacinar quando fosse viajar para essas regiões. Inclusive, a imunização da febre amarela pode ser adquirida em qualquer posto de saúde daqui.
No caso da falta de medicamento, a todo o momento, o governo disponibilizou as vacinas na quantidade média que a população local utiliza. Se poucos costumam tomar, por que enviar mais vacinas do que o necessário? E não adianta vir com a conversa de que o acesso à informação é precário (claro que não estou generalizando). Logo que surgiram suspeitas sobre a doença em seres humanos, milhares de pessoas já estavam procurando a vacina no dia posterior. Então, a informação chega sim e rápida.
O governo está tentando fazer a sua parte, encaminhando as vacinas para os locais de riscos. Mas tanto a população como o governo foi pego de surpresa. Os moradores da região, sabendo da doença, já deveriam estar imunes e tomar uma nova dose a cada dez anos. Então, não se pode julgar o governo, pois a população também não fez sua parte.
Por outro lado, a carência da vacina tem se fortalecido com a ajuda de pessoas que andam tomando a dose em dobro. E, numa hora dessas, em que todos estão em busca do medicamento, acaba atrapalhando mais ainda e contribuindo para o caos. Portanto, não podemos reclamar do governo sobre esse aspecto. Não é de hoje que a vacinação vem sendo trabalhada. Ela já ocorria nos governos passados. Assim, já houve tempo suficiente para que os moradores das regiões em área de risco estivessem imunes.